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Gestão de custos em saúde: aprenda a reduzir custos e tenha um diferencial II

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A gestão de custos em saúde é uma questão desafiadora. Isso se deve ao fato de que o custo com planos de saúde, equipamentos e insumos geralmente aumenta muito acima da inflação, ao passo que os clientes sempre desejam as melhores novidades.

Para não comprometer a relação médico-paciente, é importante investir em estratégias sólidas de gerenciamento voltadas para redução de custos em curto e longo prazo, otimizando as tomadas de decisão com tecnologias que geram transformações do mercado.

Por isso, é importante observar as escolhas de grandes players (planos de saúde, outros hospitais e laboratórios, e fabricantes renomados) para estar no topo da inovação e manter a qualidade dos serviços.

Tudo isso passa por um conceito cada vez mais presente em todas as áreas desde a TI até o telemarketing — a transformação digital, que envolve uma série de tecnologias que revolucionam a forma como executamos os processos gerenciais.

As principais atividades dessa prática hoje em dia são: Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Wearables e Cloud Computing, entre outros. Por isso, neste post, vamos debater alguns desses conceitos e sua relação com uma gestão de saúde otimizada. Acompanhe!

O problema dos custos de saúde

Nos Estados Unidos, onde a saúde é altamente tecnológica com exames e equipamentos caros, as grandes empresas começaram a perceber que era inviável manter um sistema financeiramente sustentável em longo prazo.

Dessa forma, além de investir somente em instrumentos tecnológicos, como robôs cirúrgicos, perceberam que era preciso utilizar a tecnologia para minimizar os custos de adoecimento.

Isso serve, principalmente, para otimizar e simplificar o ecossistema de saúde, que funciona, muitas vezes, de maneira complexa, lenta e cara. Consequentemente, a transformação digital caiu como luva.

A transformação digital na redução de custos em saúde

Algumas tecnologias e inovações foram essenciais no processo da gestão de custos em saúde. A seguir, falaremos mais sobre cada uma delas, explicando sua participação na redução desses custos para a área.

Georreferenciamento para análise

utilização de georreferenciamento aliada à inteligência artificial e análise de dados tem se mostrado uma ferramenta importante na prevenção e controle de doenças.

Por meio de dados celulares como GPS e ferramentas de localização, integrados a softwares de I.A, é possível fazer desde estudos de reconhecimento de padrões na dinâmica de transmissão de doenças até a visualização e distribuição de fatores de risco ambientais associados à determinantes sociais de saúde locais.

Segmentação com base em histórico do paciente e indicadores de saúde

É fato que existem populações mais sensíveis à determinada doença. Idosos estão mais propensos às neoplasias e eventos cardiovasculares, enquanto crianças ficam mais expostas às viroses, por exemplo. Os médicos têm esse conhecimento de longa data e, agora, é hora de a tecnologia juntar-se à sabedoria acumulada por esses profissionais.

Assim, é possível inserir nos bancos de dados informações sobre as características de cada doença e as especificidades de cada grupo. Com isso, vários processos importantes ficam mais simples e menos burocráticos.

A aprovação de um exame, por exemplo, pode demorar muito em alguns planos de saúde. Afinal, o médico precisa prescrever o exame, enviar ao plano de saúde e passar por alguns procedimentos legais, administrativos e de análise clínica. Somente com tudo isso feito, ele pode ser autorizado ao paciente.

Isso, porém, demanda tempo e, consequentemente, pode acarretar até mesmo em um gasto maior. No entanto, há uma ferramenta que agiliza esse processo, como um suporte à decisão na autorização baseado em um aplicativo que dispara alarmes tendo em vista o risco de saúde do beneficiário.

Assim, em vez da burocracia da junta e de análises frágeis e enviesadas, o aplicativo dá uma resposta rápida sobre a necessidade do procedimento, tendo em vista todo o histórico do paciente, e dando insumos para o time médico decidir sobre o momento certo de intervir.

Dessa forma, exames de alto custo passam por uma avaliação objetiva da inteligência artificial com foco no histórico e necessidades específicas do paciente, gerando uma maior custo-eficiência do processo. Tudo isso baseado no conhecimento médico.

Mobile e wearables no cotidiano do paciente

Mobile é todo o tipo de aparelho móvel com acesso à Internet e possibilidade de instalação de aplicativos, como tablets e smartphones. Os wearables são acessórios de vestuário (como os óculos e os relógios) que incorporam a tecnologia digital dos mobile. Esses dispositivos buscam integrar a tecnologia de ponta dos sensores e da Inteligência Artificial no nosso dia a dia para fornecer soluções únicas e práticas.

Grande parte da população das grandes metrópoles possui smartphones e smartwatches (relógios inteligentes), que estão começando a se popularizar. Com aplicativos instalados, os telefones podem ser aliados essenciais para a medicina, uma vez que pacientes podem inserir informações sobre atividade física, adesão à medicação, mensuração de dados bioquímicos etc.

Dessa maneira, é possível integrar e analisar todas as informações de um beneficiário, como histórico familiar, condições epidemiológicas e patologias pregressas. Tal ação permite que o próprio aplicativo indique ações de saúde populacional com finalidade de prevenção. Assim, é possível reduzir taxas de adoecimento dos beneficiários e, consequentemente, os altos custos com internação e procedimentos invasivos.

Quando sua empresa investe em inteligência artificial aliada aos mobile e wearables, as equipes médicas ganham um enfoque estratégico maior no paciente e seu histórico do que apenas na doença ou procedimento a ser realizado. Assim, conseguem perceber as condições de saúde de uma população de forma longitudinal e propor ações interventivas antes de desfechos negativos.

Por isso, podemos dizer que o foco para as soluções de gestão de custos em saúde não passam somente pela busca de tecnologias que geram maior complexidade clínica ou controles cada vez mais caros. O ideal é aliar a tecnologia à uma atitude simples: a simplicitude.

Telemedicina como proposta vantajosa na gestão de custos em saúde

A telemedicina é outra proposta interessante para a gestão de custos em saúde. Idealizada para encurtar as distancias geográficas por meio de tecnologias de comunicação, a telemedicina traz benefícios clínicos, econômicos e humanísticos.

As diversas plataformas de comunicação podem facilitar a discussão de casos clínicos entre médicos mediante uma videoconferência, proporcionar experiências diferenciadas como assistir uma cirurgia online e tratar pacientes com dispositivos tecnológicos.

Nesse sentido, observa-se um aperfeiçoamento dos serviços que também está relacionado a redução de custos, principalmente quando se resolve problemas clínicos a distância, o que outrora era impossível.

Big Data para decisões com base em dados

A proposta do Big Data é uma estratégia inovadora para os gestores e profissionais clínicos que lidam rotineiramente com diversas plataformas de informações e necessitam de um compilado mais objetivo da situação.

Trata-se de um volume gigantesco de informações que podem ser geradas simultaneamente para fazer o diagnóstico de uma região ou predizer os fatores de riscos mais comuns entre pacientes de um mesmo grupo etário. O que impacta de forma significativa na sustentabilidade das instituições clínicas e das operadoras de planos de saúde.

Cloud Computing para dados acessíveis

Foi-se o tempo em que armazenar documentos de forma física era a opção mais viável. Atualmente, o espaço destinado a essa guarda já foi substituído por novos serviços clínicos ou melhorias na infraestrutura.

Isso porque muitas empresas optaram pelo armazenamento via cloud computing, que possui acesso controlado por senha e compartilhamento de dados dos pacientes por diversas pessoas e em qualquer lugar, inclusive fora do ambiente de trabalho.

Essa alternativa constitui uma ferramenta eficiente no contexto da gestão de custos em saúde, pois reduz consideravelmente o consumo de papéis, impressão de documentos e gastos operacionais com a infraestrutura e mobiliário.

Análise preditiva para melhorar indicadores de saúde e atendimento

A análise preditiva utiliza a inteligência artificial aliada ao Big Data — ferramenta para analisar grandes quantidades de dados — para identificar os padrões de adoecimento em uma população, trazendo, assim, informações para a ação.

Ao perceber que há um surto de H1N1 em um determinado hospital, por exemplo, é possível verificar a possibilidade de se tornar uma epidemia, determinar quais são os locais mais propensos e quais os grupos mais vulneráveis. Assim que novos dados chegam ao sistema de Big Data, eles atualizam a análise e permitem que os gestores do hospital avaliem o risco.

É possível criar processos de recepção, triagem e tratamento mais rapidamente e prestar um atendimento mais rápido e resolutivo. O sistema auxilia, inclusive, os recepcionistas e triadores a avaliarem o risco com análises objetivas e validadas.

Dessa forma, mais pacientes podem ser atendidos com qualidade em menos tempo — o que pode reduzir custos e aumentar a receita. Todas essas ferramentas focam em uma visão integrada do paciente e entregam material/subsídio para o gestor tomar decisões mais estratégicas.

É possível, assim, perceber que a gestão de custos em saúde não deve ser feita sem o auxílio das tecnologias inovadoras trazidas pela transformação digital. A Inteligência Artificial, aliada ao Big Data, consegue coletar e interpretar uma quantidade maciça de informações para gerar um cuidado em saúde do nível populacional ao individualizado.

Consequentemente, é possível melhorar os indicadores de saúde dos beneficiários por meio da prevenção, além de tratá-los mais rapidamente nos casos de adoecimento. Fazendo, assim, uma gestão focada em custo-eficiência de ponta a ponta com o uso de ferramentas viáveis.

Principais desafios da transformação digital e da gestão de custos em saúde

A transformação digital trouxe consigo diversos desafios para os gestores e superá-los é uma tarefa essencial. Muitas vezes, a falta de experiência para lidar com tantas plataformas e ferramentas exige uma capacitação dos colaboradores, acompanhamento de perto da situação por meio de indicadores, disciplina e muita paciência.

Outro ponto a ser vencido é a capacidade das demais empresas em dialogarem em si por meio dos mesmos métodos, ou seja, a compatibilidade dos sistemas é fundamental para o sucesso da implantação.

Diante disso, sabe-se que a implantação deve ser gradativa, uma vez que será contabilizada também na gestão de custos em saúde e necessita ser vantajosa para justificar a implantação na empresa clínica.

Por todos esses fatores, a gestão de custos em saúde é uma prática essencial nos dias de hoje e requer o desenvolvimento de diferentes estratégias, a análise de sua viabilidade, o acompanhamento dos processos, entre outras ações. Por isso, cabe aos gestores a análise das melhores escolhas para colher os frutos da transformação digital.

Se você quer entender melhor esse novo cenário da gestão em saúde baseada em tecnologia e na transformação digital, aproveite para assinar a nossa newsletter e receber outros conteúdos.

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